Próteses Penianas

Este é certamente o assunto sobre o qual mais recebo perguntas, tanto de pacientes que estão com dificuldades e estão considerando sua colocação como de vários colegas que ficam extremamente curiosos com o assunto! O que é? Como funciona?

Nas próteses penianas, ou implantes penianos (nome mais correto na verdade) apenas a estrutura responsável pela ereção é abordada. A pele, glande (cabeça do pênis), uretra, sensibilidade peniana, orgasmo e ejaculação ficam mantidos. Os implantes em nada se assemelham com um pênis biônico ou robótico, como muitos pensam e perguntam.

Tradicionalmente os implantes são considerados o último recurso no tratamento da DE, sendo utilizadas quando o tratamento com pílulas ou medicamentos injetáveis já falharam. Apesar desta abordagem ter sido revista no ultimo guideline da sociedade americana de urologia, o racional por trás persiste e se mantém muito interessante. Este racional parte do princípio de um tratamento em etapas, sempre iniciando pelo tratamento menos invasivo e com menor custo, até o mais invasivo, com maior custo e irreversível.

Sendo assim, é razoável ter certeza que um paciente não responde a medicações por via oral para pensar em tentar injeções intra-cavernosas ou partir para o implante. É necessário também que o paciente ao menos saiba da existência de injeções intra-cavernosas, talvez faça alguns testes e então decida se é o momento para a colocação de um implante. Mas vamos deixar claro uma coisa: esta cautela não se dá pelo fato da prótese ser um tratamento ruim, ou inadequado. Este realmente não é o cenário, já que a prótese tem uma alta taxa de satisfação (maior que 90%!), é uma solução definitiva e é capaz de recuperar a vida sexual penetrativa de pacientes que não responderam a nenhum outro tratamento.

Existe mais de um tipo?

Sim! Uma vez bem avaliado e optado pela colocação da prótese, existe mais de um tipo de implante. Eles basicamente se dividem entre maleáveis e infláveis.

Nos implantes maleáveis, uma estrutura de comprimento fixo é colocada dentro dos corpos cavernosos. Essa estrutura garante, quando alinhada, uma resistência suficiente para a penetração mas pode ser dobrada e escondida quando o paciente não está em um momento sexual. Apesar de poder parecer estranho no início, a grande maioria dos pacientes se adapta muito bem e encontra boas formas de esconder o pênis no dia a dia. Os custos deste tipo de implante normalmente são cobertos pelos planos de saúde.

Nos implantes infláveis, cilindros são colocados dentro dos corpos cavernosos e uma pequena bomba é colocada no escroto (bolsa testicular). Nestes modelos o paciente tem a liberdade e autonomia de “ativar” a prótese apertando a pequena bomba escrotal quando estiver prevendo uma relação sexual, e desinflar após seu termino. Desta forma, a prótese inflável permite tanto uma ótima rigidez para o ato sexual (pois ocupa todo o espaço possível dos corpos cavernosos) e permite uma acomodação melhor do pênis no dia a dia. Os custos deste tipo de implante normalmente não são cobertos pelos convênios, o que pode aumentar consideravelmente o valor do procedimento como um todo.

Independentemente do modelo, as próteses penianas são um excelente recurso, com altos índices de satisfação e capazes de recuperar a vida sexual penetrativas mesmo nos casos mais graves de Disfunção Erétil. A recuperação da cirurgia varia, mas geralmente o paciente pode voltar para a casa no mesmo dia do procedimento e retomar as atividades sexuais após 6 semanas.

Formação

Graduado em Medicina, Cirurgia Geral e Urologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).

Fellowship em Medicina Sexual pelo Memorial Sloan Kettering Câncer Center - (MSKCC - Nova York - EUA)

Estágio externo na Havard Medical School (Boston - EUA)

Estágio externo na Keck Medical School (Los Angeles - EUA)

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